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domingo, 7 de agosto de 2011

Flores de jabuticabeira

Simplesmente lindoooo!


Convido a todos para comerem jabuticabas aqui na chácara, porque acho que não daremos conta do recado.

Banana Conquista


Uma banana desenvolvida no Amazonas está ganhando espaço em todo território brasileiro e até no exterior. Trata-se da banana BRS Conquista, uma cultivar resistente às principais doenças que atacam as bananeiras, e que tem sabor parecido com a banana maçã, praticamente desaparecida do mercado. A banana foi desenvolvida pela Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus/AM), lançada em abril deste ano e suas mudas, produzidas por laboratórios credenciados e instalados no sudeste do Brasil, já foram comercializadas para plantio nos Estados do Pará (60 mil mudas), Paraná (10 mil), São Paulo (3.700), Rondônia (2.500), Minas Gerais (550) e Ceará (200). Produtores da Costa Rica e México também demonstram interesse em adquirir as mudas.





O pesquisador José Clério Rezende Pereira, que faz parte da equipe da Embrapa Amazônia Ocidental que desenvolveu aBRS Conquista, vê com otimismo a rapidez com que os produtores estão procurando adquirir as mudas dessa cultivar que poderá substituir a banana Maçã, que é altamente suscetível ao mal da Sigatoka-negra, doença que há décadas arrasa plantações e o bolso do bananicultor no Brasil e em outros países
produtores.

Na região Norte do País observam-se perdas de 100% da produção nas cultivares Prata, Maçã e Terra pelo ataque da doença sigatoka negra, a mais grave doença das bananeiras no mundo.






De um total de 600 mil que se pretende colocar no mercado nos próximos três anos, já foram encomendadas mais de 15% de mudas somente no primeiro semestre deste ano. Mesmo estando dentro do programado, a diretora comercial da SBW do Brasil Agrifloricultura - um dos laboratórios responsáveis pela multiplicação da cultivar – Cony Maria de Wit, não esconde a satisfação diante da ampla procura pela nova bananeira.

Segundo ela, somente no primeiro semestre foram vendidas mais de 100 mil mudas para produtores de vários estados, entretanto os pedidos não param de chegar de todas as regiões do Brasil, demonstrando que a campanha de marketing alcançou seus objetivos por que acelerou a divulgação do produto no mercado.

A comercialização também está sendo realizada pelo laboratório Multiplanta Tecnologia Vegetal Ltda, de Andradas (MG), que já vendeu as 15 mil mudas que dispunha. Os dois laboratórios foram contratados para fazer a multiplicação e comercialização após atenderem às exigências de um edital público da Embrapa.





Os laboratórios receberam parte de rizoma (caule) da bananeira da Embrapa e estão reproduzindo as mudas que levarão cerca de um ano até chegar ao campo. As plantas serão entregues aos produtores rurais na fase de pré-aclimatação, quando estiverem medindo 10 centímetros de altura e possuírem três folhas verdadeiras.

Para cada muda vendida, os laboratórios pagarão 7% de royalties para a Embrapa. O preço das mudas variam em média de R$ 1,00 até R$ 3,50, dependendo da quantidade do pedido. Todo recurso arrecadado pela Embrapa, com os royalties, será reinvestido no desenvolvimento de pesquisas para obtenção de novas cultivares e para o fortalecimento da bananicultura nacional.


A comercialização das 100 mil mudas, conforme o pesquisador José Clério Rezende Pereira, representará um aumento de 90 mil hectares de área plantada de bananeiras, o que ainda é pouco frente à demanda do país, cuja área plantada hoje é de 520 mil hectares. Mas a expectativa é recompor os espaços deixados pela banana maçã.





A cultivar de banana BRS Conquista foi lançada nacionalmente em abril de 2009, durante a cerimônia de aniversário da Embrapa em Brasília (DF), e desde então a comercialização de mudas está disponível pelas empresas credenciadas.

Embrapa Transferência de Tecnologia (Brasília/DF) promoveu testes de degustação da cultivar entre os consumidores de vários Estados e também com atacadistas da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). As características sensoriais – cor, aroma, paladar – foram consideradas favoráveis.

Durante a validação da cultivar nos estados de São Paulo, Amazonas, Mato Grosso, Minas Gerais e Santa Catarina, aBRS Conquista manteve suas características agronômicas, qualidades como aparência, coloração e seu agradável e proeminente aroma e sabor, inclusive a resistência à Sigatoka negra.

O pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Dr. Luadir Gasparotto, que atuou nas pesquisas com essa banana, destaca que o formato do fruto lembra as características da cultivar Maçã, a preferida pelos brasileiros. Mas ressalta que a BRS Conquista tem características próprias.



O potencial da cultivar - que também oferece maior tempo de prateleira no supermercado e na mesa da dona-de-casa - já está sendo reconhecido por fruticultores locais e internacionais. Importadoras como a empresa holandesa SBW, presente em mais de dez países, pretende levar a cultivar para consumidores da Costa Rica e México, por exemplo.

Embrapa trabalha no Programa de Melhoramento de banana, com vistas à resistência à Sigatoka-negra, desde a década de 80 e o Programa vem sendo coordenado pela EmbrapaMandioca e Fruticultura em parceria com outras Unidades daEmbrapa. A doença foi constatada no Brasil em 1998, no estado do Amazonas, e atualmente encontra-se disseminada por 13 estados brasileiros. A BRS Conquista, que também possui resistência à Sigatoka-amarela e ao Mal-do-Panamá, foi selecionada pela Embrapa Amazônia Ocidental na área experimental da Unidade de Manaus.


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Fazenda vertical


A população mundial deve passar de 9 bilhões de pessoas no ano de 2050. Segundo a FAO, Órgão das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, para alimentar todo mundo vai ser necessário aumentar a produção agrícola mundial em 70%. Mas onde encontrar áreas disponíveis para o cultivo de alimentos sem destruir o que resta da natureza?
Pensando nisso, cientistas norte-americanos e europeus estudam alternativas para ampliar a disponibilidade de alimentos. Uma delas é a implantação de fazendas verticais, prédios de vários andares que se transformariam em lavouras controladas. Alguns modelos já estão sendo testados.
Na cidade de Den Bosch, na Holanda, o PlantLab, um laboratório de alta tecnologia, apresenta um conceito revolucionário de cultivo de frutas, verduras e flores com o uso de iluminação LED, a mesma que é usada em muitos aparelhos eletrônicos, como os modernos monitores de televisão.
Os LEDs são diodos emissores de luz, componentes eletrônicos feitos à base de silício, que têm como vantagem o baixo consumo de energia e a alta durabilidade.
A cor da luz pode variar. No caso da agricultura, as mais benéficas para as plantas são as azuis e as vermelhas, que emitem ondas de luz que ajudam na fotossíntese e no desenvolvimento das plantas.
O uso do LED, associado ao cultivo em estufa com temperatura e água controladas, permite produção em menor tempo.
Segundo o engenheiro Michel Kers, gerente do PlantLab, com o uso dessa tecnologia, é possível economizar energia e água, melhorando o desempenho e a produtividade das plantas. Para cada cultura é estabelecida uma receita onde a exposição à luz, a temperatura e a quantidade de água variam.
Outra vantagem é que como as unidades têm temperatura interna controlada, as fazendas verticais podem ser instaladas em qualquer lugar do planeta, independente do clima.
Em uma fazenda vertical da PlantLab cada cultura é estudada em determinado ambiente. Quase todo o processo é automatizado e os computadores controlam as necessidades de cada lavoura. Pelos estudos feitos até agora, um prédio de 14 andares, com 100 metros quadrados de área por andar, seria suficiente para fornecer alimento para uma cidade de 100 mil habitantes.
A tecnologia necessária hoje para esse tipo de cultivo ainda é muito cara e sofisticada. O objetivo, no futuro, é tornar as construções simples e mais fáceis de operar, o que deve permitir que o conceito de fazenda vertical se espalhe e ganhe espaço no mundo todo.